Lápis-Lazúli
Cor: Índigo, Azul Escuro, frequentemente com manchas douradas (inclusões de pirite)
Locais onde é encontrada: Maioritariamente no Afeganistão, mas existem depósitos de lápis-lazúli na Rússia, no Chile, nos Estados Unidos, entre outros países
Chakras: Garganta, Terceiro Olho
Signo: Sagitário
Ajuda com: Intuição, Comunicação, Desenvolvimento Espiritual, Capacidades Psíquicas
O nome lápis-lazúli deriva da palavra em Latim lapis, que significa pedra e do Latim Medieval lazulum, que significa céu (tanto no sentido literal como no metafórico).
Acredita-se também que a origem do nome Lazúli esteja associada ao local onde esta pedra foi primeiro descoberta, pois lazulum deriva do Árabe lāzurd e que por sua vez deriva do Persa Lāžvard, o local em Badakhshan onde era minerada.
A palavra lazulum está etimologicamente ligada à cor desta pedra. É inclusive utilizada em vários idiomas como por exemplo o Francês azur, o Italiano azzurro, o Polaco lazur, e até mesmo o nosso Português, azul.
Lápis-lazúli, uma pedra com História
Acredita-se que esta seja uma das pedras com história mais antiga na Humanidade, sendo que os artefatos mais antigos encontrados remontam a 7570 AC.
Apesar de ser mencionada em várias civilizações ao longo da história, a sua associação mais comum é ao Egito Antigo.
Era bastante popular para confeccionar escaravelhos e outros amuletos pois acreditava-se que esta pedra conduzia a alma à imortalidade e abria o coração ao amor.
Um exemplo notório é a máscara funerária do rei Tutancâmon.
Acredita-se também que a Cleópatra utilizava o pigmento extraído desta pedra como sombra de olhos.
Como Limpar e Energizar o Lápis-lazúli
O lápis-lazúli tem uma dureza entre 5 e 6 na escala de Mohs, por isso é uma pedra relativamente resistente.
No entanto, não é recomendado de todo que seja exposto a água.
É comum o lápis ter inclusões de pirite, que é constituída por ferro. Este mineral para além de oxidar, quando é submerso em água produz ácido sulfúrico, que é tóxico.
O lápis também tem a presença de calcite na sua composição, outro mineral que devido à sua baixa resistência, não deve ser submerso em água.
Assim sendo, não recomendamos métodos de limpeza energética que contenham água ou outro agente corrosivo tal como o sal.
Uma vez que é uma pedra resistente ao sol, (não perde pigmentação) a sua energização pode ser feita tanto ao sol ou à lua.
Para mais informações sobre limpeza energética e energização, veja este post.
Propriedades do Lápis-lazúli
O lápis pode ser utilizado tanto a nível do chakra do terceiro olho como da garganta.
É uma pedra de sabedoria, inspiração e proteção.
É talvez uma das mais utilizadas pedras para progressão espiritual e desenvolvimento da intuição.
Ajuda com sonhos lúcidos, facilita a viagem astral e facilita ainda o contacto com os nossos guias espirituais.
É um poderoso amplificador da mente, e ajuda a pensar com maior clareza e objetividade.
Por esse motivo, é um ótimo cristal para ter conosco enquanto estudamos, lemos ou aprendemos algo novo, pois ajuda a reter informação.
É considerado por muitos o cristal da verdade, pois ajuda-nos a ser mais honestos conosco mesmos, a encontrar a nossa voz e a comunicar a nossa própria verdade.
Falsificações e Imitações
Infelizmente, milhares de anos de interesse e cobiça por esta pedra, levam a que seja atualmente uma das mais falsificadas no mercado.
Mas falsificações de lápis não são novidade, existem indícios que os próprios Egípcios, que tanto veneravam esta pedra, produziam falsificações.
O caso mais comum é o das Imitações, que podem ser feitas com pedras naturais (tingidas ou alteradas pelo homem) ou de forma sintética.
À semelhança do que é feito com a imitação da Turquesa, a Howlite é pode ser utilizada para criar imitações de lápis.
Como é uma pedra macia e porosa, é relativamente fácil de tingir e é muitas vezes utilizada para imitar outros cristais, entre eles, o lápis-lazúli.
No entanto, provavelmente o caso mais comum é o famoso vender gato por lebre. Sendo a Sodalite à primeira vista bastante semelhante, é por vezes vendida como sendo lápis-lazúli.
Como podemos distinguir o Lápis-lazúli da Sodalite
O Lápis é composto maioritariamente por três minerais: lazurite, calcite e pirite. Enquanto que a Sodalite é composta por potássio, sódio e cálcio.
Para além da sua composição química, existem algumas pistas visuais que nos podem ajudar a distinguir estas duas pedras.
Coloração: O lápis (à esquerda) tem um azul mais intenso e escuro que a Sodalite (à direta). Este é sem dúvida um dos principais pontos a ter em consideração, no entanto, é de notar que excelentes exemplares de Sodalite podem apresentar um azul bastante semelhante, pelo que cor apenas não basta para as distinguir.
Pirite: Outro ponto a ter em consideração é a presença de pirite, pois como vimos pela composição de ambas as pedras, apenas o lápis (à esquerda) tem a presença deste mineral na sua composição. Ou seja, a presença de pirite, é um excelente indicador, não só que não é uma Sodalite, mas como o Lápis é verdadeiro e natural. Mesmo em falsificações de lápis feitas com recurso a laboratório, é extremamente difícil recriar a pirite com uma aparência natural.
Opacidade: Não é um critério 100% fidedigno pois depende do tamanho e da densidade da Sodalite em questão, mas em alguns exemplares, é possível observar algum grau de transparência na Sodalite. Se ao fazer este teste se verificar que a pedra deixa passar a luz, então certamente não será um Lápis, pois em contraste com a Sodalite, o lápis-lazúli é completamente opaco. Este teste, no entanto, não é viável em exemplares grandes, pois a sua densidade não irá permitir observar a passagem da luz. É mais fácil observar transparência em pedras roladas pequenas.
Outros tipos de falsificação
Lápis Intensificado: Utiliza por base uma pedra natural de lápis, normalmente considerada de baixa qualidade. Depois, de modo a intensificar a sua cor e aumentar o seu valor comercial, é revestida com resinas ou até mesmo tingida. Neste casos, pode-se fazer o teste da acetona. Se ao esfregar a pedra com um bocado de algodão embebido em acetona, e este retirar o pigmento da pedra, então é porque foi tingida. A coloração do lápis natural não sai.
Lápis reconstituído: Consiste em utilizar parte da pedra natural (muitas vezes em pó), e em laboratório fundi-la novamente, acrescentando por vezes pigmentos para intensificar a sua cor. Nestes casos, a presença da pirite é um excelente indicador, pois é extremamente difícil de recrear. Costuma ser utilizada folha de ouro, que comparando com a pirite natural, apresenta uma diferença notória.
Lápis sintético: Neste caso não é utilizado absolutamente nada de natural. Pode ser feito em laboratório ou até mesmo de forma caseira. Materiais comuns nestas falsificações são o vidro, plástico, resinas, entre outros materiais. Para além das pistas visuais mencionadas acima e do teste da acetona, mesmo ao toque é possível distinguir a diferença entre este materiais. Um cristal natural tende a ser mais frio ao toque.